Apenas para profissionais de saúde localizados em Portugal
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FGFR2 Helix

Fusões no recetor do fator de crescimento de fibroblastos 2 (FGFR2) no colangiocarcinoma intra-hepático (iCCA)

Alterações genómicas nos recetores do fator de crescimento de fibroblastos (FGFRs)

  • Os FGFRs são uma família de recetores da tirosina quinase.1,2
    A via de sinalização do FGFR tem um papel central em vários processos celulares, incluindo a proliferação, a migração e a sobrevivência celular1,2
  • As alterações genéticas do FGFR foram identificadas como promotores da tumorigénese em várias neoplasias, incluindo o iCCA, o carcinoma urotelial, as neoplasias mieloides/linfoides e outros tumores malignos1,3,4

  • Foram observadas amplificações, mutações e fusões em todos os subtipos de FGFR (FGFR1–4).5 No iCCA têm sido frequentemente identificados rearranjos cromossómicos que envolvem o FGFR2, resultando na criação de proteínas de fusão oncogénicas6
    • As fusões de genes são um tipo de alteração genómica em que dois genes independentes, ou duas porções de genes, ficam justapostas, resultando num gene híbrido7,8
    • O aparecimento de proteínas de fusão com material oncogénico pode ter origem em eventos de fusão em que estão envolvidos diferentes pares de genes7

Alterações genómicas no FGFR

Alteraciones genómicas del FGFR

Figura baseada em Jain A, et al. 2018,5 Lowery MA, et al. 2018,9 e Shibata T, et al. 2018.10

Fusões FGFR2

  • Em 10–16% dos casos de iCCA ocorrem fusões ou rearranjos do FGFR25,11-13
  • As fusões FGFR2 causam uma ativação independente de ligando das via de sinalização a jusante, que leva à tumorigénese1,14,15

Anomalias na via de sinalização do FRGR2

Vía de señalización del FGFR2 anómala

Figura adaptada de Babina IS, Turner NC. 2017,1 Moeini A, et al. 2015,14 e Touat M, et al. 2015.15

  • É necessária a determinação do perfil molecular do tumor para identificar a fusão FGFR2.5,9 A positividade da fusão FGFR2 deve ser determinada através de um teste de diagnóstico adequado7
  • Nas fusões FGFR2 existem vários parceiros com que o FGFR2 se pode fundir.9 Para identificar os doentes com colangiocarcinoma (CCA) positivo para a fusão FGFR2, é importante escolher um ensaio que:
    • Detete especificamente as fusões FGFR2 (diferentes das mutações pontuais do FGFR2)16,17
    • Detete a fusão do FGFR2 com um conjunto alargado de possíveis parceiros de fusão16,17
  • A diversidade molecular do CCA permite a utilização da sequenciação de nova geração (NGS), baseada em DNA ou RNA, como ensaio de referência para detetar fusões conhecidas ou novas, bem como rearranjos do FGFR218

Métodos de testagem para detetar fusões FGFR2

Clique num método de teste para ver as vantagens e os desafios associados

Menos adequada7,19–27
Mais adequada7,19–27
Menos adequada7,19–27
Mais adequada7,19–27

A Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO) recomenda a utilização de NGS como método de rotina para a deteção de fusões FGFR2 no CCA avançado28

É essencial uma abordagem baseada numa equipa multidisciplinar para otimizar os cuidados prestados aos doentes com iCCA29

  • Como parte desta abordagem multidisciplinar, deve ser considerada a determinação do perfil molecular do tumor nas fases iniciais da jornada de tratamento do doente
  • Fatores a ter em conta na determinação do perfil molecular do tumor:30
    • Determinar quais os genes clinicamente relevantes a pesquisar
    • Compreender os requisitos da amostra (quantidade e qualidade)
    • Compreender os pontos fortes e fracos das diferentes metodologias de testagem
    • Conhecer o tempo até à obtenção dos resultados
    • Compreender as implicações clínicas dos resultados do teste

Os sistemas externos de controlo da qualidade são essenciais para assegurar uma pesquisa de biomarcadores precisa e fiável31

REFERÊNCIAS: 1. Babina IS, Turner NC. Nat Rev Cancer. 2017;17:318–32. 2. Turner N, Grose R. Nat Rev Cancer. 2010;10:116–29. 3. Pandith AA, et al. Urol Oncol. 2013;31:398–406. 4. Gallo LH, et al. Cytokine Growth Factor Rev. 2015;26:425–49. 5. Jain A, et al. JCO Precis Oncol. 2018;2:1–12. 6. Fangda L, et al. Cytokine Growth Factor Rev. 2020;52:56–67. 7. DeLuca A, et al. Int J Mol Sci. 2020;21:6856. 8. Latysheva S, Babu M. Nucleic Acids Research. 2016;10:4487–50. 9. Lowery MA, et al. Clin Cancer Res. 2018;24:4154–61. 10. Shibata T, et al. Cancer Sci. 2018;109:1282–91. 11. Ross JS, et al. Oncologist. 2014;19:235–42. 12. Farshidfar F, et al. Cell Rep. 2017;18:2780–94. 13. Graham RP, et al. Hum Pathol. 2014;45:1630–8. 14. Moeini A, et al. Clin Cancer Res. 2015;22:291–300. 15. Touat M, et al. Clin Cancer Res. 2015;21:2684–94. 16. Silverman IM, et al. Cancer Discov. 2021;11:326–39. 17. Barr FG. Expert Rev Mol Diagn. 2016;16:921–3. 18. Abou-Alfa GK, et al. Lancet Oncol. 2020;21:671–84. 19. Malka D, et al. EMJ Oncol. 2020;8:82–94. 20. Peter M, et al. Lab Invest. 2001;91:905–12. 21. Arai Y, et al. Hepatology. 2014;59:1427–34. 22. Abel H, et al. J Mol Diagn. 2014;16:405–17. 23. Beadling C. J Mol Diagn. 2016;18:165–75. 24. Hu L, et al. Biomark Res. 2014;2:3. 25. Maruki Y, et al. J Gastroenterol. 2021;56:250–60. 26. Serratì S, et al. Onco Targets Ther. 2016;9:7355–65. 27. Jennings LJ, et al. J Mol Diagn. 2017;19:341–65. 28. Mosele F, et al. Ann Oncol. 2020;31:1491–505. 29. Patel T. Nat Rev Gastroenterol Hepatol. 2011;8:189–200. 30. Damodaran S, et al. Am Soc Clin Oncol Educ Book. 2015;e175–82. 31. Dufraing K, et al. Virchows Arch. 2021;478:553–65.